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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sou portador de necessidades especiais decorrente de uma alteração genética no sistema nervoso central, que afeta a coordenação motora, o equilíbrio e a fala. Minha doença leva à degeneração cerebelar. Não há cura e, com o passar do tempo, as dificuldades de locomoção e comunicação aumentam. Portanto uma doença degenerativa. Mas a alegria e a esperança caminham lado a lado comigo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

CENACOPE promove comemoração emocionante do Dia Internacional do Cooperativismo ( Album de Memórias)











O 85º Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no primeiro sábado de julho, teve como tema "Os Princípios e Valores Cooperativos para a Responsabilidade Social Corporativa" para demonstrar a contribuição que os cooperativistas têm dado como cidadãos responsáveis em todo o mundo.

No dia 6 de julho, a CENACOPE promoveu uma comemoração diferente e muito emocionante, fazendo jus à temática deste ano. A Central recebeu na sede um convidado muito especial: Luiz Eduardo Boudakian.

Luiz é portador de uma doença degenerativa, que afeta gradativamente a coordenação motora, o equilíbrio e a fala. Não há cura e, com o passar do tempo, as dificuldades de locomoção e comunicação aumentam.

No evento, ele ministrou a palestra motivacional Aprendendo a Viver, como parte da Campanha de Valorização da Vida. Com o objetivo de dar ao público uma visão das limitações e dificuldades enfrentadas por um portador de deficiência física, ele comentou a importância da vida, do amor e do respeito.

Antes, foi exibido um vídeo, com imagens de sua rotina diária, com a prática de atividades esportivas, passeios e fisioterapias.

Luiz contou as dificuldades enfrentadas na escola, que foram superadas com a sua determinação e ajuda dos colegas, e ainda comentou sobre a perda do pai que morreu de câncer e o apoio que sempre recebeu dele. “Meu pai me dizia: aconteça o que acontecer, nunca desista. Nunca me esqueci dessas palavras. Descobri o quanto viver é importante; aprendi a me amar do jeito que sou. Pra mim, a vida se resume ao dia de hoje”, revelou.

Com o objetivo de estimular a interação do público, Luiz promoveu dinâmicas e brincadeiras com a participação dos cooperados, aproximando-os da palestra de forma descontraída.

Ele também contou histórias verídicas e bem humoradas do seu cotidiano, mostrando ao público que, com espiritualidade e força de vontade, os obstáculos tornam-se menores. O palestrante comentou como a parábola do cavalo influencia até hoje sua vida.

Luiz falou ainda da importância da união e do trabalho em equipe. “Aqui, na cooperativa ou na escola, sempre existe aquela resistência e a intenção de uma puxar o tapete do outro. No entanto, cada um deveria olhar o outro não como um simples colega de trabalho, mas como alguém fundamental para o seu crescimento profissional”.

Todos os participantes ficaram muito emocionados e comovidos com a palestra. No encerramento, Luiz pediu que todos fizessem uma roda, dessem as mãos, fechassem os olhos, pensassem nas pessoas que amam e, ao final, se abraçassem. “Digam mais vezes ‘eu te amo’. Nunca disse ao meu pai que o amava. Talvez, se tivesse dito, eu teria mudado muita coisa em nossas vidas. Se Deus é amor, qual é o problema eu dizer ‘eu te amo’ para as pessoas?”.

Para o diretor da CENACOPE e do Sindicooperativas, Inácio Junqueira Moraes Júnior, o evento deixou uma mensagem muito importante sobre recomeço. “Estamos passando por um momento de reestruturação. Somos um time; precisamos nos ajudar mutuamente. Quem quiser começar de novo com a gente, as portas estão abertas”, destacou.

Os cooperados presentes foram unânimes em dizer que adoraram a palestra. “É uma lição de vida muito emocionante. Gostei da reflexão sobre uma mudança gradativa em nosso modo de pensar”, afirma o gestor da Unicoope Metropolitana, Ronaldo dos Santos Silva.

A gestora da Unicoope Operacional e da Coopertep, Dulci Simon, já havia assistido à palestra numa outra oportunidade. “Porém, cada vez que a gente assiste é diferente porque estamos vivendo momentos diferentes. Hoje, por exemplo, também não tenho o meu pai. Com certeza, saímos daqui mexidos”, opina.

Ana Cristina Dallafina da Silva, gestora da Unicoope Metropolitana, também se identificou com a palestra. “Fiquei muito tocada porque meu irmão é cadeirante; acompanhei o sofrimento e a superação dele”.

Para mais informações sobre o palestrante Luiz Eduardo Boudakian, acesse: www.aprendendoaviver.com.br


CENACOPE







Abraços Solidários
Duarte Antunes

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