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São Paulo, São Paulo, Brazil
Sou portador de necessidades especiais decorrente de uma alteração genética no sistema nervoso central, que afeta a coordenação motora, o equilíbrio e a fala. Minha doença leva à degeneração cerebelar. Não há cura e, com o passar do tempo, as dificuldades de locomoção e comunicação aumentam. Portanto uma doença degenerativa. Mas a alegria e a esperança caminham lado a lado comigo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Aprendendo a realizar-nos














Aprendendo a realizar-nos


Desde pequenos descobrimos o sofrimento,

a dor, a inveja, a raiva dentro e fora de nós.



Costumamos, num primeiro momento,

tentar negar o que sentimos. (...)

Em outros momentos, buscamos "bodes expiatórios" –

os culpados pelos nossos "males". (...)

Também costumamos mergulhar no imaginário,

nas estórias, na fantasia, nos esportes de massas, nos filmes,

onde "sofremos e nos vingamos", torcemos e nos projetamos.



Muitos permanecem nesse processo de culpar

os demais, de mergulhar cada vez mais no imaginário

e não modificam substancialmente as suas vidas.

Estão sempre fora do seu eixo, voltados para fora.

Suas vidas são seqüências de buscas de pretextos, de culpados,

de fugas para o imaginário, de dependências de modelos

que admiram, invejam ou se submetem

("preciso de você", "sem você não sei viver...")



Outros, em algum momentos de suas vidas,

em etapas de crise ou grave insatisfação,

começam a aceitar o que vão percebendo,

a aceitar-se como vão se vendo,

o que vão sentindo, as contradições que aparecem. (...)



Aos poucos vão aprendendo a acalmar-se,

a dar-se valor, a perceber e não negar,

a tentar ir modificando-se no que lhes for possível

em cada momento.(...) Com o passar do tempo,

persistindo nessa atitude de aceitação profunda

e mudança possível, vão se modificando

muito mais do que imaginavam,

encontrando uma paz interior autêntica.

Vão tendo força para tomar decisões no campo afetivo,

profissional. Abrem-se a novos projetos,

possibilidades, desafios. Estão caminhando num processo

de integração cada vez mais pleno do sensorial,

emocional, do intelectual, ético e transcendental.

Vão sentindo-se mais realizados e aprendem

com cada situação que se lhes apresenta.



Muita gente lê muito, estuda anos, mas permanece

na seqüência fechada de culpa-fuga-projeção,

encontrando só momentos pontuais de prazer,

contrabalançados com intensa ansiedade e insatisfação.



Algumas pessoas rompem o círculo das dependências,

enfrentam as mudanças

a partir de uma nova atitude de aceitação profunda

e atenção às suas possibilidades de mudança.

Estas pessoas estão realmente aprendendo a viver.



Jose Manuel Moran

http://www.aprendendoaviver.com.br

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